Diferente do Brasil, China corta impostos para acelerar o seu crescimento!
- LUIZ LOBATO
- 6 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
O Governo Chinês anunciou que cortará impostos para combater desaceleração da economia.

O governo chinês anunciou a meta de crescimento do PIB de 6% a 6,5% para este ano. Para lutar contra a desaceleração da economia, Pequim vai cortar bilhões de dólares em impostos e taxas, ampliar empréstimos para pequenas empresas e aumentar o investimento em infraestrutura. Os anúncios foram feitos na abertura da Assembleia Popular Nacional (APN), que acontece em paralelo à sessão do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), o mais alto órgão consultivo do país.
A China iniciou em um de seus maiores eventos políticos do ano, as chamadas "duas sessões". Durante duas semanas, os cerca de 3 mil membros do mais alto órgão legislativo do país se reuniram em Pequim para aprovar mudanças na legislação e o orçamento chinês.
Em paralelo, acontece a segunda sessão anual do CCPPC, na qual conselheiros políticos se dividem em painéis temáticos para debater questões nacionais.
Esse é um momento que concentra um grande número de declarações e anúncios que modelam o cenário político na China e que a comunidade internacional acompanha de perto. O presidente Xi Jinping e membros do alto escalão do governo participaram da cerimônia de abertura da sessão legislativa.
2019 - um ano de desafios:
As “duas sessões” são um momento de grande visibilidade e importância política na China. O período, considerado sensível, é acompanhado de medidas reforçadas de monitoramento de ativistas e censura nas redes sociais. Há uma preocupação ainda maior em evitar manifestações de oposição durante esses eventos.
O governo de Xi Jinping enfrenta desafios, como a desaceleração da economia chinesa - que cresce no ritmo mais lento em quase 30 anos -, a guerra comercial com os Estados Unidos, a crescente crise diplomática envolvendo a empresa chinesa de tecnologia Huawei e ainda o aprisionamento em massa de membros da minoria muçulmana uigure na região do Xinjiang, no oeste do país. Todas essas questões têm testado a habilidade política do presidente nesse segundo mandato.
Pequim vai dedicar US$ 177 bilhões para a pasta da Defesa em 2019. A China continua tendo o segundo maior orçamento do mundo para esse setor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O aumento de investimento nessa área será de 7,5%, uma taxa menor do que os 8,1% anunciados no ano passado.
Há expectativa que seja apresentada uma lei para a proteção de dados pessoais. Além disso, deve ser aprovado um projeto de lei sobre o investimento estrangeiro no país. Facilitar a participação de empresas estrangeiras no mercado chinês é um dos pontos discutidos nas negociações em torno da disputa comercial entre China e Estados Unidos e também uma demanda de outros países ocidentais.
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